POEMA

ANDARILHO

Sou um andarilho do Amor

Ando de canto a cama sem dor

È fácil pra mim dizer :Eu amo você...

E como não poderia amá-la

Quando você se faz presente desde o amanhecer

E ao meu lado é meu primeiro pensamento do dia

E do seu lado......o último da noite, ainda acordado

Se todas as minhas vontades e desejos incluem você

Mas isso não é Amor!!!!

Então no meu presente e futuro você esta

Eu que falho, cheio de defeitos

A relevar sua fraquezas e medos

Quando por fim decido colocá-las de lado

Prendendo minhas atitudes naquilo tudo que você é de bom

Desentendimentos diários, mas....não tê-los?

Ainda poderemos brigar muitas vezes

Podemos amar, brigar , amar, podemos falhar

Mas isso não é Amor !!!!!

Porem resistimos às duvidas,

Esse imaginado amor prevalece sobre essas coisas

Como a ser fincado numa rocha porosa

Dizemos que suporta a tempestade e o furacão

Então fecho meu olhos, vejo castelos ruir

Esqueço tudo ao meu redor, a imagem fugir...

Então olho com os olhos do meu coração, vejo...

Mas....isto não é Amor!!!!!

Com a imaginar a pessoa desejada,

Deito em teu leito, aperto-me a seu peito..

Contemplo a tua face, admiro teu Amor por mim

Mas....e o meu amor....o que faço.....

Deixo rolar, te dou um regaço, te chamo meu bem...

Te digo ......vem, te amo por inteiro, engano a mim mesmo..

Será? Te quero, te chamo, acho que me engano

Mas.....isto não é Amor

Entendo que quero, a noite te espero,

Enxergo seu vulto, em sombra na janela

E digo, será? È ela, que chega e me beija

Meu corpo lateja, meu sentido se aguça,

Mas......meu coração não dispara

Aquela que faz tanto por mim, satisfaz minha carne,

Porem vejo que aquele momento não é perfeito,

Só faz doer em meu peito, recebo, mas pouco me dou

Então...isto não é Amor !!!!!

Sinto, roubei seu coração, e me consumo de tesão,

Mas... Amor, não se confunde com Paixão

Que queima, arde, mas não marca como brasão,

Aí, eu vejo você, ali inerte, depois do Amor

Sentidos consumidos, prazeres satisfeitos

Mas não é meu jeito, saímos, voltamos a rotina,

Até que outra noite se aproxima,

E novamente estaremos no mesmo leito, com o mesmo peito ,

Fazendo realizar nossos instintos, sem contudo,

Continuo mudo, a negar este sentimento,

Isto não é Amor!

(Edson Costa) 17/04/2011