Mas eu sou um Poeta, tenho asas para voar, os ventos me levam a qualquer lugar, a sentir teu perfume, a observar o sol que te bronzeia, a agua em que te banhas, a sentir os teus suspiros, e a dizer coisas em teu ouvido........(Edson Costa)

terça-feira, 7 de junho de 2011

DUETOS POÉTICOS

Rever você, tão pouco tempo depois...pública e inesperadamente!
O Poeta: A emoção que correu em minhas entranhas ao vê-la novamente, foi sublime...
A Mulher: Não nego, muitas vezes pensei em como seria...e tentei evitar este momento...
O Poeta: Mas do amor não devemos fugir, a emoção de amar aprisiona, e nos faz recuar....
A Mulher: Acaso...prá mim, com certeza; prá você, talvez...
O Poeta: O acaso de reencontro se faz como um jogo de cartas marcadas, onde o reencontro sempre será previsivel....No entanto, o Poeta apaixonado, por momentos ausentes, viu-se encher de jubilo e satisfação ao reencontar sua amada.
A Mulher: Estranhei meu coração, nenhum sobressalto nem alteração de ritmo, como sempre acontecia antes.
Minhas mãos não ficaram trêmulas e em meu corpo nenhum arrepio...
Maior do que a surpresa em revê-lo foi a de entender a minha reação, melhor a falta dela....
O Poeta: Não pode o poeta, entender, tamanho desinteresse, onde porventura, deverias palpitar de ansiedade o coração da musa das poesias....
A Mulher: Um silêncio profundo que parecia uma eternidade, estabeleceu-se entre nós como a demarcar o abismo que nos separa agora....
Ansioso, você fala...assuntos banais e vazios, nada mais... não tinham sentido e nem razão de ser para mim.
Ouço, agora desinteressada, e ofereço respostas automáticas...
Invadiu-me uma sensação de vazio triste, sem vontade de chorar....
Percebo o que restou, quase nada. Você, despido da atração que me despertava, apenas um conhecido.
O Poeta: A esse abismo que julgas agora intrasponivel, nada mais é que o amargor de uma separação, onde a poesia em asas vencerá de acordo com o coração do poeta, trazendo a serenidade desejada a alma e o coração.....
A Mulher: Quem dera, meu coração vazio, pudesse de novo pulsar de paixão...
O Poeta: O velho poeta, jamais deixará que alguem o tenha como apenas um conhecido, pois da lamina de seu punhal de palavras, sangrando o coração da amada, até plantar novamente a semente do amor, cravada com a lamina, de um amor que se refaz, limpido e doloroso, forte e latente, pujante como a lascivia das palavras mais enrubescedoras, como a pegada forte no corpo da amada, como nas investidas loucas de uma paixão desvairada, colocando de novo os corações entre si apertados, nos peitos colados, e o arfar de respirações, sofregas e intercaladas, onde, ao deitar-se aqueles corpos, se farão um, mesmo sendo dois...
A Mulher: Um beijo...um afago...deixo-me conduzir...
Logo amanhece, corpos adormecidos e entrelaçados esquecidos de despertar, embalados pelo sonho do Amor revivido....


( Edson Moreira Costa e Mônica Caetano Gonçalves 27/12/2010)

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