Mas eu sou um Poeta, tenho asas para voar, os ventos me levam a qualquer lugar, a sentir teu perfume, a observar o sol que te bronzeia, a agua em que te banhas, a sentir os teus suspiros, e a dizer coisas em teu ouvido........(Edson Costa)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

VERSO MUDO

Hoje a inspiração não chegou, o amor desacordado, dorme...
Só fiz um verso mudo, que em tudo se faz surdo, indiferente.
Nada mudou, a vida seguiu lentamente, como um riacho sem leito,
Como um bebe sem o peito, como uma mulher a respirar o ar rarefeito,
Das estradas, caminhos, porões, alcovas, esconderijos de amor.
Onde eu mulher emudeço e você se faz surdo!
E eu Poeta fico mudo, e você indiferente, mas, amor que fica parado, não faz história.
Então mulher lhe confidencio que esta é a história de uma história que nunca se contou, porque ainda não fora escrita...
Mas a tinta do tinteiro do Poeta ainda não acabou....
E a história pode e certamente será escrita, com o suor dos corpos entrelaçados...
E como Mulher te digo, oh Nobre Poeta, quem sabe, mais tarde, quando a alma e corpo cansados, repousarem....
E o Poeta ávido de amores e sexo, procura motivos, para convencer a amada...
Como mulher a recusar-se por birra, triste em desilusões e ressentimentos....
Querendo se dar, mas receosa se esconde, criando uma armadura a sua volta...
Ao que o Poeta, sem aceitar a recusa, ao ver a mulher toda linda,
A toma nos braços com força, pulsando corações e tesões, abraça a amada que resiste.
E a mulher querendo, mas resistente, balbucia, argumenta coisas ininteligíveis....
E o poeta firme na paixão avança fronteiras a desnudar a Mulher, faminto,
Sedento, sequioso de amor, ignora pedidos e indesejadas súplicas.....
Então a mulher quase nua, diz ao Poeta ofegante, que a vontade é plena...
Mas que se espere, a ferida de amor cicatrizar, quando nada, nada restar e o coração se acalmar...
Então de forma terna, entre pedidos de desculpas e beijos, perdões e desejos,
O poeta se entrega e a Mulher entre uivos e suspiros sussurra amores e confissões,
no ouvido do Poeta... 
E ali, naquela hora, naquele momento, o amor se faz....
Em movimentos tresloucados, e frêmitos de prazer, fazendo da Mulher e do Poeta...
Um único soneto, uma única ópera, uma única Poesia.....

(Dueto Escrito a 4 Mãos entrelaçadas e em nome do amor)
Edson Moreira Costa e Monica Caetano Gonçalves – 24/01/2011

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